Gostava de poder escrever-vos mais vezes…
Mas muitas vezes só escrevo quando sinto…
E juntando sentimentos com escritura…
Relato entre frases e versos, a minha vida…
Gostava de poder-vos escrever de como a vida é bela…
Ela é, sem dúvida, nós é que por vezes não somos tão belos…
Gostava de escrever-vos de como a relva é verde e o sol amarelo…
Mas escrevo o meu coração…
Será ele vermelho?
Será que ele ainda cá esta. Deve estar…
Mais do que nunca sinto a falta dos seus fortes batimentos…
Não só dos seus batimentos, não… Sinto falta de ouvir pelo menos, dois…
De quando a quando, até consigo ouvi-los…
Parecem mesmo de verdade…
Parecem! Por vezes descubro…
Que um deles não bate tão forte…
E o meu neste momento bate o suficiente para eu respirar…
O meu coração é racional…já sabe o que se passou…
Foi o primeiro a aceitar tudo…
Mas a minha cabeça, fonte de todos os meus pensamentos…ainda não…
Ouvi poemas cantados por uma grande senhora do Fado…
Ela contou-me a sua vida…como também o seu coração…
Parece que os nossos corações batem em sintonia...como uma orquestra…
E só me vêm a memória algumas pérolas cantadas por ela…
“Silêncio,
Do Silêncio Faço um grito,
O corpo todo me dói,
Deixai-me chorar um pouco. (…)
De sombra a Sombra
A um céu tão recolhido
De sombra a sombra,
Já lhe perdi o sentido ao céu!
Aqui me falta luz,
Aqui me falta uma estrela (…)”
Amália Rodrigues – Grito
Gostava mesmo muito de vos poder escrever mais vezes…
Receio que tenho de voltar a sentir para o fazer…
Que somos nós sem sentimentos?
Neste momento posso dizer-vos – VAZIOS.
Gostava de dizer ao meu coração: Abre os olhos e anda viver...
Cláudio dos Santos Escaleira
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